Acompanhando a
diversidade da vegetação, a fauna pantaneira também é bastante rica.
Estudos preliminares indicam a presença de 95 espécies de mamíferos,
distribuídas em 21
famílias, na Bacia do Alto Paraguai. Dentre elas estão
relacionados alguns animais em risco de extinção, como a onça-pintada (Panthera
onca palustris), o tamanduá-bandeira (Mymecophaga tridactyla), o lobo-guará
(Chrysocyon brachyurus) e a ariranha (Pteronura brasiliensis).
Esta
última foi considerada extinta na região por causa da caça comercial por
sua pele, permitida até 1967. Hoje a população está voltando a crescer,
auxiliadas pelo aumento nas áreas preservadas, que fornecem habitat ideal
para sua sobrevivência. O maior felino brasileiro, a onça-pintada, pode
atingir até 130 quilos, e precisa de um território de 25 a 50 quilômetros
quadrados para viver. Grande predadora, a onça-pintada inclui em sua cadeia
alimentar animais como gado bovino e cachorro doméstico, anta (Tapirus
terrestris), cervo-do-Pantanal (Blastocerus dichotomus), ariranha, macacos,
porcos-do-mato (Tayassu tajacu), cágados, jacarés e capivaras (Hydrochaeris
hydrochaeris).
Tamanduás-mirins
convivem com caxinguelês, coatis (Nasua nasua), cotias, pacas, tatus e
queixadas (Tayassu pecari) na vasta planície pantaneira. Também são
encontrados cervídeos como o veado-campeiro (Ozotocerus bezoarticus) e o
veado-mateiro (Mazama americana). O cervo-do-Pantanal é adaptado à vida em
ambiente úmido, pois possui uma membrana entre os cascos de cada pata que o
ajuda a se apoiar em terreno alagadiço. Não estão ausentes do Pantanal
marsupiais, morcegos, ratos-do-cerrado e, é claro, macacos, principalmente
bugios (Alouatta caraya), macacos-prego (Cebus apella) e sagüis (Callithrix
argentata melanura).
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